quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Astrônomos descobrem o maior grupo de galáxias jovens já detectado

Washington, 10 jan (EFE).

    Um grupo internacional de astrônomos anunciou nesta terça-feira a descoberta do maior grupo de galáxias jovens detectado no Universo, a sete milhões de anos-luz da Terra.

    O anúncio foi feito durante a reunião anual da Sociedade Astronômica Americana, em Austin (Texas), e representa uma nova conquista para os cientistas que trabalham com o Atacama Cosmology Telescope, no Chile, considerado o instrumento óptico mais avançado do mundo, e o Observatório de Raios X Chandra, da Nasa.

    Oficialmente conhecido como ACT-CL J0102-4915, o grupo de galáxias foi apelidado de "El Gordo", em referência ao seu enorme volume.

Imagens do dia - 11 de janeiro de 2012

Foto 2 de 15 - Fotografia cedida pela Nasa em que se pode ver "El Gordo", sistema composto de dois subgrupos de galáxias que colidiram a vários milhões de km/h e está tão longe que sua luz viajou sete milhões de anos para chegar à Terra. Um grupo internacional de astrônomos anunciou nesta terça-feira a descoberta do maior grupo de galáxias jovens detectado no Universo Nasa/EFE

    "Este grupo (de galáxias) é o maior em massa, mais quente e emite maior quantidade de raios X que qualquer grupo conhecido a essa distância ou além", assinalou o diretor do estudo, Felipe Menanteau, da Universidade de Rutgers, em New Brunswick (Nova Jersey).

    "El Gordo" é composto de dois subgrupos de galáxias que colidiram a vários milhões de km/h e está tão longe que sua luz viajou sete milhões de anos para chegar à Terra.

    A localização destes objetos extremos é fundamental para ajudar os cientistas a entenderem a formação do Universo.

Fonte: EFE - Ciência

Para professores, último dia da Fuvest 2012 foi difícil e abrangente

10/01/2012 - 21h01 / Atualizada 10/01/2012 - 21h29
Do UOL, em São Paulo

O último dia da segunda fase da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) 2012 foi considerado difícil e abrangente pelos professores de cursinho ouvidos pelo UOL Vestibular. Para o coordenador-geral do etapa, Edimilson Motta, “o terceiro dia volta a ser o mais difícil da Fuvest. Para conseguir fazer as doze questões no tempo, o aluno teve que correr. Não foi fácil, foi bem puxado”.
    Segundo o coordenador do Anglo, Luís Ricardo Arruda, as questões de história, geografia, matemática e química foram as mais difíceis. “Foi uma prova para alunos bem preparados, com o intuito de selecionar os melhores”, afirmou.

Vestibulandos fazem a segunda fase da Fuvest 2012

Foto 109 de 120 - 10.jan.2012: "Sou arquiteta por formação, mas desde a época de faculdade já dou aula de inglês e agora preciso de diploma", conta Júlia Dip, 27, que tenta uma vaga em letras. Segundo ela, o vestibular "está mais fácil agora que quando prestou há dez anos" Mais Fernando Donasci/UOL

    O diretor pedagógico da Oficina do Estudante, Célio Tasinafo, elogiou a boa distribuição dos conteúdos de cada disciplina e afirmou que “nenhum candidato conseguiria responder os itens A e B das questões senão tivesse conteúdo”.
Matemática teve erro

A questão quatro de matemática apresentou um erro de nomenclatura, que segundo os professores não interferia na resolução. “O enunciado diz que a figura é um tetraedro, mas na verdade é uma pirâmide de base quadrada, que tem cinco lados. O candidato faria a questão, mas precisava desconsiderar essa informação”, disse Tasinafo.
Para Gregório Krikorian, professor de matemática do curso e colégio Objetivo, a prova não trouxe nenhuma novidade: “Já sabíamos que hoje seria mais difícil. Uma prova mais densa, que exigiria mais cálculo e isso aconteceu”, afirmou.
Veja comentários dos professores do Curso e Colégio Objetivo sobre as outras disciplinas:
  • Química: “Apesar de difícil, foi uma prova boa, bem conceitual. O aluno precisava pensar para fazer as questões, exigiu raciocínio do candidato”, disse Alessandro Nery. Para ele, a prova teve nível médio para difícil, com questões bem elaboradas e abrangentes.
  • Física: Segundo Ricardo Helou Doca, a prova de física conseguiu abranger todo o conteúdo do ensino médio, com “contextos familiares aos alunos”. “Privilegiaram os aspectos conceituais. Claro que sempre tem cálculo, mas o mote não era esse, era ver se o aluno conhecia o conceito e o teorema daquilo que a pergunta abordava”.
  • Geografia: Para Vera Lúcia da Costa Antunes, a prova de hoje “pegou assuntos banais e tradicionais e tratou de uma maneira inteligente”. Ela afirma que os candidatos tinham que mostrar que sabiam aplicar os conceitos pedidos. “Tenho certeza que o aluno saiu satisfeito da prova e não deixou nenhuma pergunta em branco, pois ele tinha elementos para fazer as questões”.
  • História: “Foi uma prova bem trabalhosa, no sentido de exigir conhecimentos dos fatos e capacidade de análise para estabelecer relações. Não foi uma prova tradicional, os alunos tiveram que comparar eventos de diferentes épocas”, observou o professor Vinícius Carneiro de Albuquerque.
  • Biologia: Segundo Constantino Carnelos, a prova teve nível médio para difícil, o que já era esperado, mas foi “honesta” para quem fez um bom ensino

Fonte: UOL

domingo, 8 de janeiro de 2012

Fluídos Não Newtonianos

Fluídos não-newtonianos
Os fluídos não-newtonianos são aquelas substâncias (líquidas ou gasosas) que desafiam as leis de Newton e os princípios de nossa lógica mais elementar. Em seus trabalhos, Isaac Newton estabeleceu a existência de uma relação linear entre o esforço aplicado sobre um fluído e a resposta deste a esta força.

No entanto, anos depois, os cientistas descobriram com surpresa que determinados tipos de substâncias se comportavam fora de toda lógica da ação e reação newtoniana.
Se realizamos a clássica mistura de água e amido de milho (maizena) e submetermos esta mistura a uma vibração constante, observaremos com surpresa que a mistura se comportará como um autêntico ser vivo, que agita seus tentáculos, uma espécie de "monstro da maizena" surgindo em uma planície sideral.
Este estranho comportamento tem uma explicação relativamente singela: um fluído não-newtoniano não tem um valor de viscosidade definido e constante, daí sua surpreendente resposta ante os estímulos externos. O exemplo da mistura acima é muito fácil de ser realizada em nossa própria casa; uma vez obtida a mistura comprovaremos um fato insólito: ao agitá-la lentamente comporta-se como um fluído semi-líquido, mas ao a agitar com força se mostra dura como uma pedra. Enquanto se mexe devagar com uma colher, a mistura terá a textura de uma papinha, mas tente dar um soco e seus dedos toparão com algo tão sólido quanto uma parede.


Estas propriedades levaram os cientistas a pesquisar a aplicação deste tipo de fluído na fabricação de coletes salva-vidas, dada sua capacidade para absorver a energia de um impacto a alta velocidade e permanecer flexível em condições de normalidade. O comportamento da maizena é parecido, também, ao que tem lugar nas denominadas "areias movediças": a mistura de areia e água volta-se mais rígida se a vítima agita-se, mas permite certa liberdade de movimentos sempre que produzidos mais lentamente.


Pese ao que possa parecer, este tipo de substância não pertence à ficção. Existem numerosos fluídos não-newtonianos em nosso meio mais imediato, como o ketchup, a pasta de dentes ou algumas tintas. Nestes casos o comportamento é contrário ao da maizena; quando agitamos a embalagem do ketchup, por exemplo, a viscosidade do fluído diminui e o conteúdo sai com maior facilidade.

Para além dos envolvimentos práticos, o que nos fascina neste singelo experimento é a "porrada" às leis da realidade; é como se por um momento toda a perfeição da leis da física viessem abaixo. Poder-se-ia dizer que os fluídos não-newtonianos são os únicos que não se adaptam exatamente ao recipiente que os quer reter: se colocá-los numa chaleira não se convertem exatamente nesta forma, se os mete numa garrafa quem sabe o que sucederá com a garrafa.


                                                                                                                                 
Fonte: Metamorfose Digital