É comum confundir calor
e temperatura como conceitos
equivalentes, ou imaginar que o calor pode ser armazenado. Calor é o nome dado à energia
térmica quando ela é transferida de um corpo a outro, motivada por uma
diferença de temperatura entre os corpos. É energia térmica em trânsito. No
verão, um lago pode armazenar energia térmica durante o dia e transferi-la ao
ambiente à noite na forma de calor.
Temperatura é
a grandeza física que permite medir
quanto um corpo está quente ou frio. Está relacionada à energia cinética das partículas de um corpo, à energia de movimento
das partículas. A chama de uma vela pode estar numa temperatura mais alta que a
água do lago, mas o lago tem mais energia térmica para ceder ao ambiente na
forma de calor.
Pelo tato temos a sensação de que um corpo está frio ou
quente. Mas essa sensação pode ser enganosa, pois utilizamos parâmetros individuais, ou seja, quente e frio são conceitos relativos. Para evitar isso, criou-se um
conceito chamado temperatura. A fim
de entendê-lo, vamos lembrar que toda matéria é composta de moléculas que
vibram permanentemente e, portanto, têm energia cinética. Este movimento ocorre
dentro da matéria, e por isso esta energia também é chamada de interna. A
temperatura de qualquer objeto está relacionada com a velocidade com que as
moléculas se “mexem”. Quando elas se movem depressa, o corpo está a uma
temperatura mais elevada. Quando se movem mais devagar, está a uma temperatura
mais baixa. Portanto, a temperatura de um material está relacionada com a
energia cinética de suas moléculas. Pode-se dizer também que quanto maior a
energia interna de um corpo, maior a sua temperatura. Ao se colocar em contato
dois corpos que estão em temperaturas diferentes, o mais frio esquenta e o mais
quente esfria, porque há entre eles uma transferência de energia.
A energia transferida entre corpos de diferentes
temperaturas chama-se calor.
A
transferência de calor de um corpo para outro ocorre até que os dois atinjam a
mesma temperatura, ou seja, entrem em equilíbrio térmico.
Termômetros
são os aparelhos que servem para medir a temperatura dos corpos. Os mais
conhecidos são os que se baseiam nas variações que o calor provoca em líquidos
termométricos, como o mercúrio, por exemplo.
Líquidos
termométricos são os que alcançam o equilíbrio térmico com
os corpos cuja temperatura está sendo medida.
Esses termômetros são formados por um depósito de vidro e
um tubo muito fino, chamado capilar, por onde o líquido sobe ao ganhar volume
pelo aumento de temperatura.
Por se tratar de instrumentos de medida, os termômetros
têm uma escala graduada. A graduação se
dá a partir de dois pontos fixos, correspondentes a dois fenômenos bem
conhecidos: a fusão do gelo e a ebulição da água. O intervalo de temperatura
existente entre eles é dividido em certo número de partes, denominadas graus.
Entre as escalas elaboradas, três são as mais conhecidas: a Celsius (oC), que é a mais
utilizada, a Fahrenheit (oF),
usada nos países anglo-saxões e a Kelvin
(K) ou absoluta, mais empregada
em trabalhos científicos.
TEMPERATURA
ð
Euritérmicos (eurys = largo): suportam larga
variação de temperatura externa.
ð
Estenotérmicos (estenos = estreito): não suportam larga
variação de temperatura externa.
É também um fator importante
para a fotossíntese e para a vida. O metabolismo de um animal retarda com o
calor – o meio, estando quente, o animal tem que produzir pouca energia a fim
de que a sua temperatura corporal seja constante – e acelera com o frio (nos
homeotérmicos).
ð
Homeotérmicos (homoios = semelhante; thermos = calor)
têm temperatura interna constante, pouco variando com a externa. Exs.:
mamíferos e aves.
Por
mais que a temperatura do meio varie, a temperatura corporal dos homeotermos
(aves e mamíferos) se mantém constante. O centro nervoso que regula a
temperatura corpórea é o HIPOTÁLAMO.
Hibernação:
certos seres homeotermos reduzem sua temperatura quando
diminui a temperatura ambiente, reduzindo também suas atividades vitais. É o
chamado sono hibernal ou hibernação (morcegos, marmotas,
ouriços).
Durante
o sono hibernal, decresce extraordinariamente toda a atividade vital
desses animais; sua temperatura baixa até ser um pouco superior à do ar
existente em suas tocas; seu pulso torna-se mais lento e a respiração entrecortada.
Nutrem-se então de gordura que acumularam sob a pele durante o outono e,
inativos, consomem-na vagarosamente, exigindo menor quantidade de oxigênio para
a sua oxidação.
O
urso, na verdade, não faz hibernação verdadeira (falso hibernante), porque, uma
vez tocado, ele acorda do sono hibernal e a sua temperatura não diminui tão
intensamente como a dos hibernantes verdadeiros, além de que o seu metabolismo
corporal não sofre significativa redução.
ð Pecilotérmicos (poikilos =
variável) ou Heterotérmicos ou Poiquilotermos: são animais cuja temperatura interna é variável de acordo com o meio
ambiente. Ex.: invertebrados, peixes, anfíbios e répteis. Os vegetais, de modo
geral, são também aqui colocados. São os ditos seres de vida “oscilante”.
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