O Dia Mundial Sem Tabaco (31 de maio) foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o intuito de divulgar e sensibilizar o maior número possível de pessoas sobre os males causados pelo consumo do tabaco e seus derivados, bem como as estratégias envolvidas para sua promoção e produção. Ele é um marco, que visa reforçar todas as campanhas e leis criadas no mundo para desestimular o hábito.
O tabagismo é classificado como uma doença, e está inserido no Código Internacional de Doenças (CID-10) no grupo de transtornos mentais e de comportamento devido ao uso de substância psicoativa. De acordo com a OMS, apenas este ano o tabaco vitimará quase seis milhões de pessoas, entre elas 600 mil não fumantes expostos à fumaça.
Armando Peruga, diretor da Iniciativa Livre de Tabaco da OMS, garante que "se não forem tomadas mais medidas, em 2030, o tabaco pode causar a morte de oito milhões de pessoas ao ano".
Convênio Marco para o Controle do Tabaco
Anualmente, a OMS define um tema relacionado ao tabagismo a ser abordado no mundo inteiro pelos 192 países membros, a fim de evidenciar as diferentes problemáticas ligadas ao tabaco, e assim engajar os diferentes setores da sociedade no controle do tabagismo.
Este ano, a instituição decidiu dedicar a data ao Convênio Marco para o Controle do Tabaco, que avalia como o melhor instrumento para extinguir o hábito que matou 100 milhões de pessoas no século XX e que pode vitimar mais de um bilhão de pessoas no século XXI caso a atual tendência seja mantida.
Adotado em 2003, o Convênio entrou em vigor em 2005, e desde a data, 173 Estados-membros da OMS aderiram à iniciativa.
Tabagismo: jovens cada vez mais cedo no vício
Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), responsável por programas públicos de controle ao tabagismo, 90% dos fumantes iniciam seu consumo antes dos 19 anos, quando ainda estão em fase de construção da personalidade. São vários os fatores que levam os jovens a experimentar o cigarro ou outros derivados do tabaco. A imitação do comportamento do adulto e a necessidade de auto-afirmação estão entre eles.
A promoção e o marketing de produtos derivados do tabaco junto ao público jovem são essenciais para que a indústria do fumo consiga manter e expandir suas vendas. Para burlar a proibição, a indústria procura utilizar imagens de ídolos que são modelos de comportamento para adolescentes, portando cigarros ou fumando, como publicidade indireta, passando a impressão de que o tabagismo é muito mais comum e socialmente aceito do que, na realidade, é.
Causador de quase 50 doenças diferentes
As pesquisas realizadas demonstram: o consumo de derivados do tabaco é responsável por quase 50 doenças diferentes, entre cardiovasculares, respiratórias obstrutivas crônicas e câncer.
A nicotina causa dependência. Os danos à saúde causados pelo cigarro, porém, não são devidos a ela. O cigarro contém mais de 4.700 substâncias, algumas cancerígenas e outras diretamente tóxicas para vários órgãos do corpo.
O tabagismo pode causar:
- impotência sexual
- complicações na gravidez
- aneurismas arteriais
- úlcera do aparelho digestivo
- infecções respiratórias
- trombose vascular
- infertilidade
- câncer de colo de útero
Entre essas e outras doenças, o tabagismo também é responsável por 200 mil mortes por ano no Brasil (23 pessoas por hora).
Nicotina: a grande responsável
A nicotina causa dependência e está presente nas folhas do tabaco, uma planta psicoativa nativa das Américas, que é, hoje, a mais consumida no mundo. O vegetal recebeu o nome de Nicotiana tabacum em homenagem a Jean Nicot, embaixador francês em Portugal, por volta de 1580. Nicot acreditava que a planta tinha poderes medicinais e estimulou seu cultivo.
A nicotina é um estimulante leve. Nos primeiros episódios de consumo provoca tonturas, formigamento e alterações discretas do humor e do estado de vigília. Esses sintomas vão sendo progressivamente menos percebidos com o uso frequente, criando-se a tolerância.
A nicotina é um estimulante leve. Nos primeiros episódios de consumo provoca tonturas, formigamento e alterações discretas do humor e do estado de vigília. Esses sintomas vão sendo progressivamente menos percebidos com o uso frequente, criando-se a tolerância.
Fonte: Escola 24h
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