Com o desenvolvimento das sociedades, a demanda por energia elétrica torna-se cada vez maior. Conhecer as fontes e formas de sua produção é bastante relevante para podermos escolher corretamente o tipo de eletricidade que vamos utilizar. No Brasil, a escolha predominante é por usinas hidroelétricas. Já em países europeus, como a França, destacam-se as usinas nucleares. Essas duas fontes são as mais conhecidas, mas não são as únicas possibilidades.
Como formas alternativas na geração de eletricidade, podemos citar usinas geotérmicas, placas fotovoltaicas, ondas do mar e marés. Com a finalidade de conhecê-las melhor, publicaremos uma sequência de posts no Blog de Física falando sobre cada uma delas, iniciando com a geotérmica.
Produção de eletricidade em usinas geotérmicas
Usinas geotérmicas produzem eletricidade por meio do calor que provém do interior da Terra. No interior do nosso planeta, existe uma região de altatemperatura onde encontramos o magma, que consiste em rochas derretidas.
A energia gerada por uma geotérmica está entre as mais baratas, porém não é em qualquer lugar que podemos instalar uma estrutura desse tipo. Há regiões com mais atividades magmáticas, onde a temperatura local é maior, cujas características são ideais para sua instalação. Já, no Brasil, se fôssemos fazer perfurações para obter o calor do interior terrestre, a construção dessas usinas seria inviável.
Gêiseres na Califórnia foram largamente utilizados como fonte de produção elétrica. Na Nova Zelândia, há uma região denominada campo de gases de Wairakei de onde, por um longo tempo, se aproveitaram os gases quentes para gerar energia elétrica. Países como México, Japão, Filipinas, Quênia e Islândia também utilizam as geotérmicas e investem no crescimento desse tipo de obtenção energética.
O funcionamento de uma geotérmica acontece quando o calor do interior da Terra aquece a água dentro de grandes reservatórios. Após aquecida, a água passa à forma gasosa, sob alta pressão. Esse gás transfere sua energia cinética (energia de movimento) para pás, que, por sua vez, movimentam grandes turbinas, que consistem em grandes ímãs, criando-se, assim, energia elétrica. Podemos comparar seu funcionamento básico ao de uma panela de pressão, que libera gás e movimenta o pistão sobre sua tampa. Outro exemplo são as máquinas a vapor, que funcionam de forma semelhante. Nos dois exemplos, o funcionamento básico difere apenas no tipo de aquecimento da água.
Algumas das principais vantagens das usinas geotérmicas são não consumir combustíveis fósseis e requerer menor área para sua construção, em relação às usinas hidrelétricas e nucleares. Podem tornar-se distribuidoras de seu gás para utilização nos aquecedores domésticos, reduzindo assim, o consumo elétrico médio de uma cidade situada em região fria.
Como desvantagens, temos que todos os fluxos do interior terrestre vêm com gases (metano e enxofre, por exemplo) que são jogados na atmosfera, contudo esses gases estão abaixo de uma escala aceitável de emissão. Usinas geotérmicas também podem gerar odor desagradável, chuva ácida na região devido à emissão de ácido sulfídrico, além de produzir poluição sonora.
Por Marshal Mori Cavalheiro - Blog Educacional
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