Cresce número de aprovados que rejeita universidade; um dos destinos desses calouros são instituições privadas de ponta
Felipe Mortara - 25 de abril de 2011 - 23h 44 - Estadão.edu
O sonho de estudar na USP leva milhares de jovens a mergulhar de cabeça nos estudos e até a passar anos em cursinhos. Mas quando viu seu nome entre os aprovados em Administração na Fuvest, o ex-aluno do Colégio Porto Seguro Guilherme Haguiara, de 18 anos, ficou apenas satisfeito. Já sabia desde a 2.ª fase da Fuvest que escolheria a FGV, mesmo com a mensalidade na faixa de R$ 2.500.
Hélvio Romero/AE
Au revoir. Guilherme passou na FEA, mas se sente em casa na FGV
Existe um número crescente de jovens que, como Guilherme, resolve abrir mão daquela que é considerada a melhor universidade do País. Nas últimas sete edições da Fuvest, o número de desistências de convocados em primeira chamada subiu 6%, chegando a 16,35% do total de aprovados. Entre as possibilidades mencionadas por especialistas estão o aumento de vagas em universidades federais e a expansão de programas como o ProUni e o Fies.
Guilherme garante que sua decisão foi bem pensada. “Procurei me informar e conforme fui conversando com ex-alunos e entendidos do assunto, tive a impressão de que a USP dá uma formação mais acadêmica, de pesquisa”, diz. “Como meu objetivo é entrar no mercado, trabalhar no setor financeiro, percebi que a GV era mais compatível com essa meta.”
Pedro Milani, de 17 anos, ex-aluno do Colégio Bandeirantes, abriu mão da vaga em Engenharia Mecânica na Poli ao saber que tinha sido aprovado no ITA, em São José dos Campos. “O ITA é mais concorrido, talvez tenha mais prestígio por ser mais seleto, e acho que o mercado de trabalho vai reconhecer minha decisão. Não deixei de fazer Poli porque a USP é ruim, mas porque o ITA é muito bom.” Apesar disso, Pedro está de saída do ITA. Soube, no fim de março, que foi aceito na Universidade Stanford. Muda para a Califórnia em setembro.
Fonte: Estadão.com.br/Edu
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